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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Caleidoscopia #03


"Sempre em silêncio, eu ia pedindo ao Papai Noel para que
meu pai estivesse acordado no próximo Natal"

Reticências de um Natal passado

“Mas as coisas findas
 muito mais que lindas,
essas ficarão”

(Memória, Carlos Drummond de Andrade)


Para Fábia.


O menino sentado no sofá – os pés mal tocando o chão – via, em seus nove ou dez anos, os créditos finais do Jornal Nacional subirem a tela da televisão mais uma vez; era véspera de Natal. Estava vestido com roupa de domingo, embora fosse dia de branco. Usava sua melhor roupa: um macacão jeans sobre uma camiseta listrada horizontalmente de vermelho e branco; nos pés, um All Star preto recém comprado. O cabelo era dividido de lado e penteado com muito gel segundo o gosto da mãe. Era uma criança bonita, pode-se dizer; tinha os olhos escuros e grandes, vivos, como duas grandes ameixas secas. O rosto era corado, suas maçãs do rosto, marcadas de sardas, estavam constantemente avermelhadas. O nariz era pequeno e frio, sempre causador de reclamações da mãe quando esta era beijada pelo pequeno.

A mãe terminava de se arrumar estava prendendo os cabelos com grampos quando o Jornal acabou. Tinha feito para as festas deste fim de ano um bonito vestido branco de piquê. O vestido tinha decote quadrado e mangas cavadas, era de corpo longo e trazia no quadril uma faixa de cetim roxa, presa por uma fivela de madrepérola. A saia, na altura dos joelhos, era godê. Os pés iam metidos em sapatilhas de verniz preto.

Perfumaram-se ambos, a mãe com um perfume que ganhara do marido e o filho, com uma colônia barata.

Saíram para noite, mãe e filho de mãos dadas. Era véspera de Natal.

Lembro-me de quando era pequeno e ia visitar meu pai. Por anos consecutivos vi minha mãe se aprontar, enquanto eu, já vestido com o melhor que tinha, esperava-a na sala assistindo ao Jornal Nacional. Sozinho, na sala, meus pensamentos voavam para reinos distantes, sempre imaginava o que o Papai Noel deixaria para mim naquele ano. Gostava de pensar por onde o velhinho estaria passando enquanto eu estava ali, esperando. Meus pés com o passar dos anos foram conseguindo alcançar o chão; crescia e via minha mãe envelhecer fazendo repetidamente o mesmo ritual sagrado: vestir-nos para ir visitar meu pai. Minha mãe, só a televisão falando, terminava de prender seus cabelos com grampos, se perfumava sempre com o mesmo perfume, me perfumava e saíamos sempre, sempre da mesma forma de casa: de mãos dadas para a noite. Eu não compreendia, na época, por que aquilo tinha que ser assim. Em silêncio seguíamos em procissão pela noite. Começo a compreender. Saudade.

Mãe e filho iam pelas ruas, silenciosos, somente ouvindo o som do Natal e sentindo os alegres aromas das ceias que se serviam nas casas de janelas abertas. Vez ou outra, via-se algum sapatinho na janela, ou alguma criança curiosa que se afastava da mesa e vinha espiar a janela esperando ser surpreendida por um bom senhor barbudo.

A caminhada daquela mãe e daquele filho não era longa. Caminhavam quinze minutos e já estavam no hospital.

Eu e minha mãe andávamos uma eternidade até o hospital. No caminho era possível ouvir o “Jingle Bell”. Crianças quase sempre estavam debruçadas nas janelas, acredito que devessem achar estranho alguém ir pelas ruas na véspera de Natal. Ouvia-se também, algumas vezes é verdade, barulho de vidro partido seguido por uma enorme algazarra. Com certeza algum copo – ou taça – que se partia. Gostoso mesmo era o cheiro de comida, sempre quis entrar por uma daquelas janelas e roubar uma coxa do peru.

Nada disso parecia afetar minha mãe. Ela seguia sempre firme no seu passo. Decidida.

Nossos personagens chegavam ao hospital e, inevitavelmente, tinham de esperar mais alguns minutos. A mãe parecia não sentir fadiga alguma pela caminhada, o menino sempre pedia água. Sempre silenciosa a mãe lhe atendia ao pedido.

Decorridos alguns minutos eram chamados. Entravam calados. A mãe, puxando o pequeno pela mão, percorria indiferente os intermináveis corredores frios. Chegavam, por fim, a um quarto.

Não bastava andar toda a distância entre nossa casa e o hospital éramos obrigados a esperar. Tinha sede. Com minhas pernas de criança não conseguia acompanhar o passo da minha mãe. Passada aquela pequena eternidade, em que esperávamos ser chamados, percorríamos extensos corredores. Sempre tive medo daqueles corredores e daquelas pessoas de branco. Depois de algumas curvas à direita e à esquerda estávamos diante da porta do quarto do meu pai.

O pai do garoto chamava-se José. O sobrenome não é importante. Era caminhoneiro e há alguns anos tinha sofrido um acidente que o deixara em coma. Desde então, todos os anos, a mulher e o filho o visitavam em datas importantes. O Natal era a pior visita para a mulher que sofria sempre calada. O menino parecia não entender, era novinho demais.

Sempre faziam o mesmo ritual todo ano. Entravam no quarto calados a mãe e o filhinho. Caminhavam até o leito do homem e ali ficavam a contemplar a silenciosa figura daquele que era esposo e pai. O menino lhe falava o quanto amava a mãe continha o choro. Ficavam ali até a meia-noite, quando então iam embora, a mãe com os olhos úmidos e o menino satisfeito por ter visto e beijado o pai.

Meu pai ficava deitado numa cama. Nunca dizia nada para nós, mas, mesmo assim, gostava de vê-lo. Minha mãe sempre me disse que apesar de estar dormindo – depois descobri que esse sono chamava coma – ele podia me escutar. Dizia então que o amava e que queria que ele acordasse logo para me ver andar de bicicleta. Aquela cama era muito alta para minha pouca altura, me sentia pequenino diante dela. Quando o relógio marcava meia-noite despedíamos do meu pai e íamos para casa. Sempre em silêncio, eu ia pedindo ao Papai Noel para que meu pai estivesse acordado no próximo Natal.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Intermezzo #01

Façamos uma Pausa para Pensar:

 
Justiça, Suprema Corte do Canadá em Ottawa. É interessante como essa representação
é sombria e, detalhe, tem os olhos abertos.

O texto a seguir, feito como atividade de Sociologia Geral e Antropologia, trata das últimas eleições - do dia 03 de outubro -, mais precisamente, dos seus resultados. Embora não seja um texto que verse sobre Justiça, seria interessante que o leitor refletisse sobre a relação entre ambos: o texto e a Justiça.

Picadeiro, não!

"Mas as pessoas da sala de jantar
São preocupadas em nascer e morrer"

(Panis et Circenses, Os Mutantes)


para a Justiça, meu ideal.
        

  No dia 03 de outubro ocorreu mais uma eleição presidencial. Neste dia votou-se para deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente. Pode-se dizer que foi uma eleição normal, alguns estados decidiram seus governadores logo no primeiro turno, a contagem de votos em alguns locais do país demorou mais do que em outros, a decisão presidencial ficou para o segundo turno, enfim, tudo normal se não fosse a eleição para deputado federal do palhaço Tiririca.

Com quase 1,4 milhões de votos Tiririca foi o deputado federal mais bem votado do Brasil desde a eleição de Enéas Carneiro, morto em 2007, que em 2002 recebeu 1,571 milhão de votos. Com slogans como "O que é que faz um deputado federal? Na realidade, eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto", ou "Pior do que tá não fica, vote Tiririca", o candidato à Câmara por São Paulo gerou polêmica: o que fez o candidato ser eleito afinal? A revolta dos eleitores com as “palhçadas” no Congresso Nacional, que encontraram na imagem de Tiririca uma forma de protesto, ou a falta de consciência da importância política da representação parlamentar por parte da população, que também não leva a sério os ideais democráticos?

Arriscar uma resposta imediatista é correr o risco de incorrer em preconceitos. Analise-se, pois, as duas hipóteses levantadas acima.

É possível, sim, que a eleição de Tiririca tenha sido uma forma de protesto contra as falhas que Brasília tem cometido com os brasileiros nos últimos anos. Eleger um palhaço, porque assim é que Tiririca se classifica, é chamar o Congresso Nacional de Circo; os mais críticos ou céticos é capaz que concordem com isso. Caixas dois e mensalões foram práticas comumente vistas entre os representantes do povo nesses últimos anos. Nessa hipótese não seria incorrer em erro afirmar que, elegendo um palhaço, "Pior do que tá não fica [...]".

Do mesmo modo acreditar que a população brasileira não tem consciência da importância política da representação parlamentar e não leva a sério os ideais democráticos também é possível. Ao escolher um palhaço como representante diz-se que qualquer um, até aquele que não leva os direitos a sério, pode representar uma nação. Qualquer um pode, de fato, representar um povo, desde que respeitado alguns requisitos básicos; impedir isso é desrespeitar os dizeres constitucionais: “todos são iguais perante a lei” (Art. 5° CF/ 88). Porém, é imortante lembrar – e ressaltar – que os senadores e os deputados federais são os elaboradores das leis de um país que, se deseja ser respeitado, tem que ter seriedade na sua representação.

Portanto, tenha sido Tiririca eleito como forma de protesto ou por falta de consciência, o candidato agora eleito deverá empenhar-se em representar dignamente o povo que por ora representa, apresentando, para tanto, boas propostas que engrandeçam e melhorem a lei e a realidade do país. Palhaço ou não a Câmara tem de ser levada a sério por mais difícil que isso seja.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Caleidoscopia #02

Me apresso por escrever antes das doze badaladas da Matriz. Não quero terminar setembro sem ter postado nada no blog. Idéias não faltam, por enquanto, falta é tempo.

Correndo, portanto, contra um adversário invencível, vasculhei meus antigos textos do colegial e escolhi um para publicar. Trata-se de um texto pelo qual tenho enorme carinho. Foi feito às pressas em uma prova de redação sobre narrativa e uma das únicas vezes (se não me engano só fiz isso duas vezes) que tirei 10 em uma prova de redação.

Ah, só mais um detalhe o título original dessa crônica é "Aqueles que vão para nunca mais voltar". Como esse título é, em verdade, trecho de uma letra da Maria Rita eu resolvi substituí-lo, colocando o antigo título como epígrafe (eu adoro epígrafes!).




Palhaços não choram

"Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir"


(Encontros e Despedidas, Maria Rita)


para M. T.


Respeitável público; senhoras e senhores, acomodem-se. A história que lhes contarei aconteceu no interior do interior do Alagoas. Foi no município de São João da Rocha, há uns quatro anos. É capaz que todos os que estiveram lá, naquela noite fatídica, assim como eu, se recordem do final trágico da menina Maria.

O circo chegara na cidade há quatro dias. Quando chegamos - eu era o palhaço - desfilamos pela pequena cidade como em qualquer outra. Velhos, velhas, homens, mulheres, jovens e crianças corriam às janelas para nos ver passar. Era uma festa.

Ainda me lembro da menina Maria naquele dia. Devia ter dez ou doze anos, não mais que isso; começava a tomar formas e prometia ser uma linda moça quando crescesse. Porém, eu a achei triste, devia ter sido arrastada até a rua. O queixo estava pregado ao peito e os cabelos lhe caíam pela fronte como uma viseira. Usava um vestidinho azul clarinho com fita branquíssima na cintura. Nos pés, os sapatinhos refletiam o céu de tão lustrados que estavam. Formavam um belo par com as meinhas de renda.

O circo se apresentou lá durante cinco dias, fazíamos duas apresentações: uma de manhã e outra à noite. No último dia, à noite, Maria e sua família foram ao circo. Me emocionei.

Assim, como jamais me esquecerei da primeira impressão que tive dela, não me esquecerei do que vi aquela noite. Maria, com seus olhinhos azuis, riu de corpo e alma das minhas palhaçadas.

Cada espetáculo durava em média duas horas. esse não tinha sido nem mais longo, nem mais curto. E tivemos platéia lotada. Ao fim do espetáculo todos se foram. Ninguém percebera, mas Maria ficara, se perdera da família. Se encantara com o circo e ficara por lá. Os pôneis, os cachorrinhos e os gatinhos, tudo era encantador para a garota... Houve um incêndio aquela noite. Alguém colocara fogo na lona do circo. Maria estava lá, não pude fazer nada.

Na manhã seguinte encontramos apenas seus sapatinhos queimados. Eu os entreguei ao pai, me cortou o coração ver aquela família de luto. Fiquei em São João da Rocha até a missa de sétimo dia. Os outros do circo já tinham ido embora, cada um para um canto do mundo. Só ficara eu e os cinco gatinhos a vagar pelo sertão. Maria despertou algo em mim que não sei do que chamar; amor não era! Que Deus a tenha, o show, por aqui, tem que continuar.


Obs.: Originalmente Maria chamava-se Lindalva.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Caleidoscopia #01


Nego-Ócio

"Ah, é o fim da picada
Depois da estrada começa uma grande avenida
No fim da avenida, existe uma chance, uma sorte, uma nova saída.
Qual é a moral? Qual vai ser o final dessa história?
Eu não tenho nada pra dizer, por isso digo
Eu não tenho muito o que perder, por isso jogo
Eu não tenho hora pra morrer, por isso sonho."

(Coisas da Vida, Rita Lee)
 
  
para E. G. R.


Peguei-me hoje a deliberar sobre coisa alguma. Em verdade não era sobre O Nada que eu deliberava, era sobre algo sem importância. Eram acerca do Ócio, os meus pensamentos digressivos.

De fato em um primeiro momento o Ócio pode parecer não ter importância. Vejamos. Caso você não negue-o você não terá uma remuneração. Ganha-se dinheiro nego-ociando, mas não “ociando”.

Filosofemos, então, um pouco. Se o Ócio não tem importância, dispensar uma parcela – bem grande, diga-se de passagem – do tempo de cada um para negá-lo, voltando a atenção para as formas de se negá-lo, não é atribuir importância a ele?

Ao deliberar sobre a ociosidade não ganhava nada com isso, filosofava apenas – e de forma muito barata. Platão, Aristóteles e Sócrates, contam os livros, também não enriqueceram. A importância da ociosidade, para mim, é mais de ordem filosófica do que econômica.

Às favas com isso! Não tenho pretensões de ser um Platão, um Aristóteles, ou um Sócrates; tampouco um Rockefeller, um Bill Gates, ou um Onassis da vida. Que eles se explodam, não eram felizes como eu sou. Talvez fossem mais, porém, a mim, basta minha felicidade.

Há cinco anos, quando estava no colegial e sonhava com um futuro diferente do que é este presente, tive uma aula de redação sui generis. Saímos todos os 27 – ou 30, não lembro – alunos da gélida e inexpressiva sala de aula, pintada dum azul-clarinho capaz de “despertar” nossa criatividade (segundo a Psicologia, descobri depois), para uma tarde ensolarada e empoeirada à sombra de uma frondosa árvore, lar de um mocho “minervaniano”.

Falou-se, naquele dia, sobre o Ócio. Tivemos quase uma aula prática. Quase uma elegia dos poetas latinos.

O gordo-professor (ou será professor-gordo?), de pé, rodeado por jovens massas encefálicas da geração Y sentadas aos seus pés, iludia sua platéia como se um ilusionista. Amargo foi o gosto que senti quando descobri como se tira o coelho branco da cartola.

Na nossa ociosidade, ele fez-nos acreditar no Amor. Esse Cupido seguidor de modismos modernos; tendencioso a ser Burro e Bêbado, causador da desgraça alheia, bem como da de Inês – de Castro –, Rainha depois de Morta.

Pensamos ser possível viver cada dia como se fosse o último. Era tudo ou nada; ou oito, ou 80; o vai, ou racha. Fui o Nada, o oito e acabei rachando – a cabeça, diga-se por ora.

Descobri depois que toda verdade é questionável porque relativa. O LOuQuInHo do Nietzsche disse isso: sabe-se somente uma parcela da verdade total. Verdadeira, sim, apesar de fração.


Nietzsche

Naquele dia – ou seria naquele tempo? O dos 15 anos – não queríamos um dia de cada vez. Quisemos tudo , e naquele agora.

No passado entendia bem o Ócio. Aplicava quotidianamente a “Filosofia do Ocioso”. Cheguei a pensar que poderia passar o resto dos meus dias – que serão muitos – como poucos: de pernas para o ar.

Era (não SOU?) egocêntrico também. Gostava que o mundo girasse ao meu redor; hoje, se bebo, é para relembrar aquele tempo irresponsável. Bebo para ver o mundo rodando ao meu redor. Sou egocêntrico.

Sonhei com a transgressão da década 00 – a primeira do “Novo Milênio”. Ri da Juventude Transviada de James Dean e de sua ultrapassagem; mas veja, ela deixou-nos a T-shirt.

James Dean.
                                           
Queria a Redenção pela Inércia.

Queria o escapismo do Apanhador no Campo de Centeio. A propósito, escrevi e escrevi e escrevi e me esqueci de dizer que naquele ano colegial, naquele dia, depois da aula, não fui para a casa. Quando o mocho voou eu desviei meu caminho. Fui sentar-me à margem dum lago, para ficar à margem do mundo. Achava que pensaria melhor assim.

Escrevi compulsivamente, num fluxo de consciência que era como a fila indiana de formigas que passava sob meus joelhos. Acho que se escreve por isso: para tentar entender a tortisse do mundo. Tentei entender a incoerência do Trópico.

Ao surgir da primeira estrela do firmamento fui-me embora, não para Pasárgada, porque lá não tenho amigos. A coerência pasargadiana me asfixia. Fui embora para minha rotina Tropical, acreditando que viveria eternamente mergulhado no Ócio, de pernas para cima. Decepsionei-me.

No início desse ano desfiz-me acidentalmente do primeiro texto. Fiz outro hoje, 26 de agosto de 2010, às 21h 47min 28s. Não o publiquei imediatamente porque a conexão com a Internet está falha no Laboratório. Perdi quatro aulas por tudo isso.

Diria o pupilo de Caeiro que valeu a pena (o tempo ocioso?). Concordo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Notas do Caderno Velho #02

Atenção! Ouçam todos:

Em breve, muito em breve, será publicado o primeiro texto do Caleidoscopia. Provavelmente até o final desta semana ele já esteja publicado.

Ele encontra-se na reta final.

Até breve, Tropicais.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Notas do Caderno Velho #01

O Brasil ocupa a posição número 48 em ranking dos melhores países do mundo segundo pesquisa realizada pela Newsweek.

Para elaborar o ranking, a revista explicou que tentou responder à pergunta: "Se você fosse nascer hoje, qual país ofereceria as melhores oportunidades para viver com saúde, segurança e prosperidade?" Por meio de pesquisas de várias consultorias, foram escolhidos cinco critérios para a lista: educação, saúde, qualidade de vida, competitividade econômica e ambiente político.

A Finlândia ficou em primeiro lugar, seguida pela Suíça, Suécia e Austrália.

É, tem mais gente querendo vir para o Trópico do que eu imaginava.

Alegremo-nos.

Levantam-se as Cortinas

Sejamos diretos. Prazer.

Não sei você, mas eu estou cansado. Perguntaria o bêbado, corajoso, decerto - pois inebriado -, "De que? Cansado de que?"

Ora, pois de tudo, não? Ligue a televisão o depressivo, e este encontrará bons motivos para dar cabo da própria vida. Não, não sou depressivo, tampouco Mal Amado. Sou futurista e pessimista. Não sou vanguarda desse tipo, encontram-se muitos como eu por aí. Mal amados, talvez, é verdade. Porém, leitor, se a culpa desse meu jeito torto, se a cupla deu ser gauche na vida, é do amor; então este é redentor?

Tratemos desse assunto complicado que é o Amor no futuro - pessimista, não se esqueça. Por ora digo que resolvi escrever para quem, cansado como eu, me ouça. Sim, sou carente de atenção.

Como sou dado ao Método (que pena!), resolvi dividir esse espaço, em colunas, pode-se dizer. São quatro as divisões:

1) Caleidoscopia:

é um neologismo que surgiu da aglutinação de caleidoscópio + scopia. Caleidoscópio (ou calidoscópio) é um pequeno tubo cilíndrico no fundo do qual há pequenos pedaços coloridos de vidro ou de outro material, cuja imagem é refletida por espelhos dispostos ao longo do tubo, de modo que, quando se movimenta o tubo ou esses pedaços, formam-se imagens coloridas múltiplas, em arranjos simétricos.

Um caleidoscópio é assim (da vontade de ser criança de novo)
Scopia é um elemento de composição de origem grega que significa olhar atentamente, considerar, observar, examinar; visar a, ter como objetivo.

Logo, a Celeidoscopia será uma crônica com pretensões de olhar atentamente todas mudanças que ocorrem nesse cotidiano frenético.

2) Intermezzo - uma Pausa para Pensar:

Intermezzo é uma peça musical tocada na metade de uma ópera, entre dois atos; é uma pausa. Significa interlúdio. É justamente isso que os textos com esse título propõe: uma pausa, para pensar; são digreções acima de tudo.

Observação: A aliteração "Pausa para Pensar" é proposital.

3) Sombra & Água Fresca:

TV, Cinema, Literatura e Letras de Música. Em uma palavra: Diversão!

4) Notas do Caderno Velho:

Breves (brevíssimos) comentários acerca do que ocorre no Trópico. E sobre o que Alguém Cansado faz! Ah, sim. O Caderno é Velho e não Antigo - isso é importante.

Bem leitor, é isso. Agora é aguardar notícias do Trópico.

Até breve.